"Agradeço a Deus-Pai por me ouvir e me atender. Agradeço a Deus-Pai por ouvir minhas palavras antes de eu as proferir, e atender a meu pedido antes mesmo de eu expressar." Masaharu Taniguchi



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Viver com plenitude ou viver como morto

"Quando me lembro de grande parte da minha vida, tenho a impressão de ter passado muito tempo andando a esmo, como se estivesse parcialmente morto. O que quero dizer com isso? Quero dizer que, quando nos sentimos meio mortos é porque estamos, consciente ou subconscientemente, preocupados com a morte e a separação. Ao julgar e censurar os outros, ao condenar a nós mesmos, estamos fortalecendo os nossos medos da separação. Tememos a rejeição, a doença e a perda. Tentamos controlar os outros num mundo que dia após dia nos parece mais insano e fora de controle.
Somos freqüentemente dominados por uma sensação de cansaço e exaustão e nunca nos sentimos realmente seguros. Apegamo-nos aos dolorosos sentimentos do passado e nos preocupamos com o futuro desconhecido. Achamos difícil, na verdade, confiar em alguém - pois sequer confiamos em nós mesmos.
Estamos meio mortos quando temos medo do amor e da intimidade. E estamos meio mortos quando andamos a esmo, procurando algo ou alguém fora de nós mesmos que nos dê felicidade e alegria duradouras. Estamos meio mortos quando, não importa o que tenhamos conseguido, isso nunca parece ser o suficiente. Estamos meio mortos quando não acreditamos no amor.
Para nós, viver em plenitude significa estar 100% no momento presente; ver que a única realidade está além do mundo da forma; estar repleto de amor e de espírito de doação; não ter medo da morte; não ter limites; estar totalmente ligado e unido a tudo o que existe; estar livre de julgamentos; vivenciar a alegria, a felicidade e a paz no momento presente; e não ter apegos ao corpo físico ou ao tempo.
A maioria das pessoas teve alguns momentos, pelo menos, nos quais perceberam a si mesmos vivendo com plenitude. Se você pensa como nós, o problema é organizar esses breves momentos em uma cadeia contínua. Esse pode ser um do nossos maiores desafios na vida; escolher viver um segundo de cada vez, amar em vez de ter medo, viver plenamente em vez de estar meio morto'.

Gerald Jampolsky

“Mude a sua mente e transforme a sua vida” – editora Cultrix





sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Confiar na Vida... Rubia A. Dantés

Muito do nosso aprendizado se dá no dia a dia... nas coisas que observamos... nos movimentos externos e internos... e, se estamos dispostos a crescer, o nosso dia nos traz todo material que precisamos para isso... em sincronicidades... em sentimentos... encontros inesperados e em muitas outras maneiras que o Universo tem para nos facilitar nesse caminho do autoconhecimento.
Grande parte desse aprendizado gira em torno do desapego a coisas que enchem nossos armários, internos e externos... Nos armários externos guardamos coisas e coisas... e mais coisas... dentro de nós guardamos memórias... que geram muitas coisas...
Um grande banco de memórias que, da maior parte, nem temos consciência, mas que ocupam espaços e ditam nossa reação à vida dia após dias.
Guardamos tantas coisas... dentro e fora, porque não confiamos no presente...
Claro que nos nossos armários externos buscamos guardar coisas que acreditamos ser boas e úteis... mas essa boa intenção nos faz acumular muitas coisas...
Mesmo que não tenham utilidade hoje, com certeza terão alguma serventia no futuro... pensamos... Ou então, são tão bonitas que não conseguimos nos desfazer delas... Outras ainda nos lembram situações ou pessoas... enfim guardamos muitas coisas por apego ao que passou ou apego ao futuro onde poderão ser úteis... Mas, quantas dessas coisas que guardamos são realmente úteis no nosso presente e quanta coisa está só ocupando espaço...
Nas memórias então... guardamos experiências boas para tentar repetir no futuro... experiências ruins para tentar evitar no futuro... guardamos o passado para servir de modelo, e o que acontece é que, esses modelos velhos e ultrapassados continuam determinando a nossa reação ao presente... continuam nos impedindo de viver o aqui e agora em sintonia com a nossa Alma...
Limpar as memórias... e arrumar armários pode ser um grande exercício de desapego... e é incrível que... quando limpamos dentro, fica muito mais fácil nos desapegar de muitas coisas que estavam só ocupando espaço nas nossas vidas....
Guardamos coisas para o futuro porque não confiamos no presente... não confiamos que tudo que precisamos nos chega, sem esforço quando estamos no aqui e agora
Esquecemos que não precisamos acumular coisas... nem memórias... para garantir o futuro, porque nossas necessidades futuras não serão preenchidas pelo passado.
O apego ao passado... ao conhecido... não nos deixa receber o fluxo abundante, de todas as coisas boas, que está sempre disponível no eterno presente . Coisas que podem ser muito diferentes daquelas que guardamos... e que estamos apegados a elas... mas com certeza é o que precisamos a cada momento...
Se estamos apegados ao passado, seja em objetos ou em soluções nunca saberemos que existem coisas que podem nos surprender por serem perfeitas ao nosso momento.
Às vezes, coisas simples... onde buscávamos o complicado, é que vão nos fazer felizes...
Outras vezes do inesperado é que chegam as soluções que nos surpreendem pelos caminhos que percorreram para chegar até nós... Caminhos que se tentássemos criar com nosso conhecimento acumulado e guardado... jamais conseguiríamos.
Mas a vida está batendo a nossa porta, pronta para entrar... a cada dia... e sempre é hora de limpar os armários... e as memórias, e abrir a porta para o fluxo abundante da felicidade... que é nosso direito divino...