“Um dia, um mestre viajava com um jovem monge. Na margem de um rio, encontraram uma jovem, temerosa de cruzar a corrente rápida e profunda. Compadecido, o mestre propôs carregá-la para outra margem. Lá chegando, colocou a jovem no chão e seguiu viagem. Nada mais aconteceu naquele dia. Alguns meses depois, entretanto, o jovem monge desabafou.
“Mestre”, disse, “há meses que uma coisa está me incomodando. Por favor, o senhor poderia ajudar-me a compreendê-la?”
“Mestre”, disse, “há meses que uma coisa está me incomodando. Por favor, o senhor poderia ajudar-me a compreendê-la?”
“O que é?”, perguntou o mestre.
O jovem monge respondeu: “O senhor se lembra de quando, há alguns meses, atravessamos aquele rio e o senhor carregou uma jovem? Não consigo entender seu comportamento. O seu ensinamento não é que devemos sempre evitar o contato com mulheres?”
O mestre fitou o jovem e suspirou. “Veja só”, disse ele, “está vendo como a mente funciona? Eu só atravessei um rio carregando uma pessoa por alguns minutos, mas você a está carregando em sua mente há meses!”
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